sábado, 13 de setembro de 2008

Quando o charme faz toda a diferença

São oito e vinte e cinco. Estou atrasada. Preciso chegar à sucursal do inferno em cinco minutos. Atravesso a rua para ir até  corredor de ônibus. O ponto está lotado. Fico me perguntando por que não tenho um carro. Descubro que a resposta é óbvia; e, também, que carro em São Paulo é assunto pra discussão caótico-sócio-antropológica. Estou atrasada e não tenho tempo pra isso.

Olho para o ponto. Lotado. Caminho até meu lugar de todo dia. Do nada, surge uma voz ao meu lado que diz: "é uma pena que a física ainda não tenha permitido que dois corpos ocupem o mesmo espaço, né?". Solto uma risada envergonhada e um tanto antipática. Continuo andando. No milésimo de segundo depois, tropeço e viro o tornozelo. A voz que estava ao meu lado, agora um pouco mais atrás, completa: "posso ser o seu apoio?".

Aí sim, sorri em agradecimento. Entendi que não se pode debochar de uma cantada destas. A própria física castiga.

Um comentário:

Ana Reis, cidadã do mundo disse...

A D O R E I
Você está cada dia melhor, menina
Beijos