O ócio é algo desgraçado. É sim! Não adianta vir Domenico de Masi - com seu "Ócio Criativo" - dizer que as pessoas precisam "se desligar" da agitação e simplesmente fazer nada.
Eu, há pouco mais de uma semana em férias da escolinha do jardim da infância I, já andei pensando os maiores absurdos acerca das mais estapafúrdias - ou até relevantes - situações. Noutro dia desandei a reparar como os filhos dos cantores e compositores brasileiros esculhambam com a reputação que seus respectivos genitores levaram anos, porradas e vaias para conquistar. Eu acho bocejante o que alguns críticos de música fazem quando resolvem se auto-intitular entidades da cultura musical (até porque tal entidade já existe). Mas, como o ócio é a criação do demônio, deito a traçar algumas (más) impressões.
Alguém pode, por gentileza, dizer ao Bena Lobo - sim, filho do Edu Lobo - que cantar não é apenas abrir a boca e soltar a voz? E o que eu vou dizer pra Elis quando a encontrar no ceú? Que a Maria Rita acha que cantar samba é arrastar a melodia até a gente ter vontade de chutar o alto falante ou sentar-lhe a mão na cara? Sem mencionar os enjôos que o filho - o Pedro Mariano - causa quando canta. Pobre da Elis não pode nem descansar em paz, que vem uma meia dúzia de dois ou três filhos fazer a mãe se remexer no túmulo.
E isto foi só um exemplo... um dia esse povo ainda vai entender que as pessoas podem ser também médicos, professores, secretárias, engenheiros, et cétera.
Pensando bem, eu adoro o ócio. Ele me faz ter certeza de que o que penso é realmente um conjunto de disparates, e, mesmo assim, perceber que não estou nem aí pra hora do Brasil mesmo. Eu quero é falar muita abobrinha, beber com meus amigos, ouvir os absurdos que só os meus dizem, abraçar aqueles que estão longe e que me aceitam sempre de volta.
Eu quero o ócio sempre... ou até que meu ofício tome, novamente, as rédeas da minha vida.
Eu, há pouco mais de uma semana em férias da escolinha do jardim da infância I, já andei pensando os maiores absurdos acerca das mais estapafúrdias - ou até relevantes - situações. Noutro dia desandei a reparar como os filhos dos cantores e compositores brasileiros esculhambam com a reputação que seus respectivos genitores levaram anos, porradas e vaias para conquistar. Eu acho bocejante o que alguns críticos de música fazem quando resolvem se auto-intitular entidades da cultura musical (até porque tal entidade já existe). Mas, como o ócio é a criação do demônio, deito a traçar algumas (más) impressões.
Alguém pode, por gentileza, dizer ao Bena Lobo - sim, filho do Edu Lobo - que cantar não é apenas abrir a boca e soltar a voz? E o que eu vou dizer pra Elis quando a encontrar no ceú? Que a Maria Rita acha que cantar samba é arrastar a melodia até a gente ter vontade de chutar o alto falante ou sentar-lhe a mão na cara? Sem mencionar os enjôos que o filho - o Pedro Mariano - causa quando canta. Pobre da Elis não pode nem descansar em paz, que vem uma meia dúzia de dois ou três filhos fazer a mãe se remexer no túmulo.
E isto foi só um exemplo... um dia esse povo ainda vai entender que as pessoas podem ser também médicos, professores, secretárias, engenheiros, et cétera.
Pensando bem, eu adoro o ócio. Ele me faz ter certeza de que o que penso é realmente um conjunto de disparates, e, mesmo assim, perceber que não estou nem aí pra hora do Brasil mesmo. Eu quero é falar muita abobrinha, beber com meus amigos, ouvir os absurdos que só os meus dizem, abraçar aqueles que estão longe e que me aceitam sempre de volta.
Eu quero o ócio sempre... ou até que meu ofício tome, novamente, as rédeas da minha vida.
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